quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quase 2 anos...


19° ao 24° mês

A criançaCom 2 anos, as palavras começam a sair com maior naturalidade lembrando que há variações dentro da mesma idade e até dentro da mesma família, não devendo comparar um filho com outro. A linguagem falada pode atrasar sem que haja um problema real, principalmente nas crianças que são pouco estimuladas ou que a um simples gesto apontando para o objeto ou alimento desejado, recebe de imediato o mesmo tratamento, utilizando-se da chamada lei do mínimo esforço.
Nessa idade, a criança corre bem, sobe e desce escadas e consegue chutar bola sem perder o equilíbrio. Imita rabiscos circulares e, na hora de se vestir, consegue, vez por outra, colocar peças simples sem a ajuda da mãe, o que deve ser incentivado.
Já desenvolveu uma série de habilidades. Seu vocabulário cresceu muito e ela já forma frases completas, sendo capaz de conversar animadamente sobre algo que a interessa. Apesar de muito rica, esta fase também está ligada aos conflitos entre mãe e filho, pois a criança opõe sua vontade à da mãe com freqüência. Isso é normal, pois ela está começando a afirmar sua individualidade e precisa mostrar que tem opiniões próprias.
É a famosa idade do “não”, quando a relação da mãe com a criança é alterada por pequenas batalhas diárias. Felizmente, quando bem orientada pelos pais, é apenas uma fase que passa com rapidez.
A relação com outras crianças de mesma idade deve ser intensificada, embora elas não brinquem umas com as outras, mas sim ao lado umas das outras. Essa é a fase ideal para a criança ganhar livros com gravuras coloridas ou para pintar.

Alimentação

A alimentação sofre mudanças e é ampliada. Algumas famílias costumam deixar que a criança comece a acompanhar suas refeições normais e a saborear alguns pratos mais substanciais. Ela já pode comer, vez por outra, bife e batatas fritas. A criança já é perfeitamente capaz de comer sozinha, porém poderá ser alimentada por um adulto se assim desejar.
Não se deve chantagear nem forçar a criança a ingerir toda a refeição. Subterfúgios como brincar de aviãozinho ou trenzinho, para fazer com que abra a boca, devem ser evitados. Um bom sistema é colocar pouca comida no prato. Mas se a criança não quiser comer tudo, não ofereça nada fora dos horários das refeições.
Frituras que serão oferecidas à criança pedem o uso de óleo vegetal para que fiquem mais saudáveis. O óleo não deve ser reaproveitado, pois fica saturado e torna a digestão mais difícil e é sabidamente nocivo à saude. No caso das batatas fritas, é melhor evitar o uso de sal, ou diminuí-lo ao mínimo possível.
Pequenas porções de chocolate estão liberadas para o seu cardápio normal. Entretanto, os pais devem ficar atentos para o surgimento de alergias de pele e falta de apetite que muitas crianças apresentam ao ingerirem chocolates.

Escola

Nesta idade muitos bebês já passam boas horas do dia em creches ou berçários para que as mães possam trabalhar. É importante lembrar que a socialização da criança deve se dar aos 3-4 anos, se possível.
Durante os dois anos a mamãe deve estimular seu filho a desejar a futura escolinha para que a quebra de rotina não provoque traumas ou difíceis adaptações. Assim a mãe estará amenizando a possibilidade de futuras resistências, ensinando o seu filho a se adaptar às novas situações de maneira natural, sem tensão.

O progresso da linguagem

Vale lembrar que a criança nesta idade pronuncia palavras de forma incorreta por limitações da própria idade e apesar de acharmos engraçado, devemos sempre com carinho corrigir as palavras erradas e nunca dirigir-se à criança com as frases e palavras de forma infantil trocando ou excluindo letras, isto vai estimular a linguagem correta. Quando, por exemplo, ela disser “passear carro”, o pai pode concluir: “Daqui a pouco nós vamos passear de carro”.
Esse tipo de diálogo serve para ajudar a criança a perceber como pode encadear palavras novas ao vocabulário que já adquiriu e assim exprimir novos pensamentos. Nessa fase, a criança também pode começar a gaguejar porque pensa mais rápido do que fala. Porém, deve-se ter cuidado com esta alteração que poderá estar refletindo insegurança ou ansiedade diante de alguma situação nova como, por exemplo, a chegada de um irmão. Corrigir a criança o tempo todo apenas piora a gagueira. Com o tempo, essa tendência desaparece espontaneamente. Os pais só devem se preocupar se, a partir do terceiro ano, a criança falar pouco, gaguejar com freqüência ou estiver fora dos padrões normais de desenvolvimento.

Disciplina

A disciplina continua a ser exercitada e agora a criança precisa ser ensinada: a dividir um doce ou os brinquedos com os irmãos e amiguinhos; que os hábitos de higiene como tomar banho e escovar os dentes são obrigações diárias inadiáveis; que o lixo que elas produzirem durante as brincadeiras deve ser jogado fora por elas; que na casa de outras pessoas, elas não podem mexer em objetos e gavetas como fazem em casa, simplesmente porque elas não estão em casa. Entretanto, se a criança decidir lamber o prato apenas porque a comida estava gostosa, ou não consegue segurar o garfo direito, não é motivo para ser repreendida pelos pais. Afinal, ela precisa ter noção de limites para compreender os espaços, não de uma aula de etiqueta.

Noção do perigo

As estatísticas comprovam que o maior índice de acidentes ocorre com crianças entre os dois e três anos de idade dentro de casa. Os mais freqüentes são intoxicações, fraturas, asfixias e queimaduras. Essa fase também é o melhor momento para a criança começar a receber noções sobre o perigo.
Os pais devem explicar à criança, pacientemente, por que determinados lugares ou objetos são perigosos. O emprego de palavras simples e a repetição fazem com que a criança acabe entendendo. Por outro lado, cabe aos pais tomarem todos os cuidados como não colocar produtos de limpeza e medicamentos ao alcance da criança, observar objetos pontiagudos da casa; brinquedos com cordas ou fios devem ser evitados, pilhas e outros pequenos objetos removíveis podem ser facilmente aspirados pelas crianças. Deve-se também proteger tomadas e fios elétricos, evitar contato com animais que sabidamente tenham comportamento violento, dentre outras medidas de precaução. É importante que os pais estejam sempre atentos e não deixem as crianças sozinhas por períodos longos.

Sexualidade

A criança nesta faixa etária passa a perceber todo seu corpo e particularmente os genitais. Daí muitas vezes os pais observam os meninos brincando com seu pênis ereto ou as meninas também manipulando a região genital. Nestas circunstâncias jamais se deve chamar a atenção com agressividade ou assustar as crianças, mas se deve desviar sua atenção para uma brincadeira nova ou um desenho ou ainda uma música. Desta forma não se formam traumas futuros e não se instiga as crianças a persistirem de forma incessante esta atitude que deve ser encarada com naturalidade.
Lembre–se que a opção sexual da criança não será afetada por que o menino brinca com bonecas ou gosta da cor rosa e a menina gosta de carrinhos. Portanto é preciso ter calma e sensibilidade tratando a criança com respeito e ensinando a ela a respeitar.

O sono da criança

Nesta fase as crianças costumam dormir cerca de 1 ou 2 horas logo após o almoço e de 9 a 10 horas durante a noite.


24° meses Completo

Peso
Meninos – 12 a 12,2 kg
Meninas – 10,6 a 10,8 kg

Estatura
Meninos – 85 cm
Meninas – 84 cm

Perímetro Cefálico
Meninos – 49 cm
Meninas – 48 cm

Perímetro Torácico
Meninos – 50,5 cm
Meninas – 49,5 cm

Aumento de peso mensal
Meninos – 150 g
Meninas – 150 g

FONTE: http://www.mambaby.com/articles/xb/1771/aW5kZXgucGhwP21vZGU9JmxpZD14YiZhcnRpY2xlaWQ9MTc2OA==

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